segunda-feira, 14 de março de 2011

O bem e o mal.

Discutíamos a bondade e a maldade no Homem. Ou girávamos em Rousseau num cortejo de filosofia gratuita, como quiseres. Que era bom, que era mau. Que nasce bom, que nasce mau. Que se mede a maldade, que é tudo igual, que é tudo diferente. No fim, algumas coisas: tu, meu amor, continuarás com a mesma ideia. Prevalecerá a bondade e a maldade dentro de ti, como em todos, e o coração se distinguirá, qualificando aquilo que és e que os outros são para ti. Eu, meu amor, continuarei com a mesma ideia. Prevalecerá a bondade e a maldade dentro de mim, como em todos, e só no meu pensamento, como no de todos, se revelarão autências e fiéis. Numa coisa, pelo menos, e ninguém o negará, estamos de acordo. Que a bondade e a maldade quando deitadas, as minhas e as tuas, que a bondade e a maldade quando deitadas, dizia eu, sob os lençois de Inverno numa qualquer cama do mundo, trocando hálitos entre conversas ao ritmo dos mimos nas pernas, inventado posições de encaixe e beijos novos, a bondade e a maldade, meu amor, não interessam um caralho.  

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